sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
ideário para a criação, Jorge de Sena
do sonho em luta com a sua própria alma
e o mundo te parecer maior que a vida
e a vida te parecer a velha estrada
onde só tu não perseguiste o sonho,
defende, de ambos, o que for vencido.
Quando, à tua beira, houver um perseguido
e o escárneo se abater sobre o que ele pensa
e o mundo inteiro o perseguir mentindo
uma mentira maior que a dessa ideia,
defende-a como tua antes que o mundo
esmague em si próprio a chama em que se ateia.
Quando, como hoje, os crimes forem tantos
que as praias sequem no desdém das ondas,
e o melhor homem for um criminoso
voltando ansioso ao local do crime,
e o sangue nem lhe suje a ansiedade
porque não há mais sangue que ciências loucas,
grita aos ventos da morte que os traíram -
e na terra se ouça que a verdade é falsa
e só eram verdade os que partiram."
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
FELICIDADE, Jorge de Sena
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Mais lâmias para Post-it
"As lâmias (do grego laimos, "garganta") eram seres imaginados pelos gregos como mulheres belas e fantasmagóricas, que devoravam crianças ou que, com artifícios sensuais, atraíam os jovens a seus leitos para devorá-los ou sugar-lhes o sangue.
Presume-se que podiam tomar forma humana, mas supunha-se que, ao atingir seu objetivo, retornavam à sua forma verdadeira de mulher-serpente, ou de uma besta quadrúpede e feroz.
Na Alta Idade Média, o termo lâmia referia-se a espíritos que voavam a noite, do folclore popular. Depois de 1450, as lâmias começaram a aparecer em tratados inquisitoriais de feitiçaria, referindo-se a feiticeiras. Alguns deles derivavam erradamente seu nome do latim laniare ("lanhar"), porque as bruxas, segundo os autores, devoravam carne humana."
Lâmias para Post-it
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Memórias de uma cantora alemã, Wilhelmina Schroeder
Pra Ela de Clarice Lispector
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
POEMA ROUBADO
como utilizar palavras frescas
ou etc
enxugue primeiro as próprias mãos
depois
mergulhe as palavras do mundo
ou
em qualquer vestígio dele
quando puder
recupere as melhores
e as mais urgentes
em caso de incêndio
assuma a responsabilidade
sábado, 20 de agosto de 2011
"Passar as passas do Algarve"
"Significado: Atravessar um mau momento, uma situação má.
Origem: Na ausência de uma explicação histórica para a expressão, é plausível que ela se tenha formado do seguinte modo:
a) o Algarve é uma região portuguesa conhecida pela qualidade dos seus frutos secos, pelo que passa por excelência é a do Algarve;
b) uma passa de uva foi exposta ao calor e à intempérie, pelo que se adequa a ser usada metaforicamente em lugar das palavras sofrimento ou vicissitude;
c) há, aparentemente, uma repetição sonora e até certa redundância em «passar as passas», o que se traduz no reforço ou na enfatização do verbo passar, como sinónimo de sofrer, aguentar, «atravessar com dificuldade» (daí passamento, no sentido de «morte»).
Deste modo, a expressão sugere a ideia de uma enorme provação, da passagem de um mau momento, que é comparado ao próprio processo de produção de uma uva passa."
domingo, 15 de maio de 2011
OTHER STRANGE WAY TO GO...
On January 21, 1937, at the age of 38, Prevost died from heart failure brought on by acute alcoholism and malnutrition. Her body was not discovered until January 23, after neighbors complained about her dog's incessant barking. A bellboy, who ignored the note Prevost posted on the door asking that no one knock on the door more than once, finally forced the door open. Prevost was found lying face down on her bed, her legs marked with tiny bites. Prevost's pet dachshund, Maxie, had nipped at her legs in an attempt to wake her up.
domingo, 17 de abril de 2011
POEMA ROUBADO
"Com unhas e dentes", de Luís Filipe Parrado
é abrir uma gaveta
na cozinha,
tirar uma faca de cabo preto,
descascar uma laranja.
Viver é outra coisa:
deixas a gaveta fechada
e arrancas tudo
com unhas e dentes,
o sabor amargo da casca,
de tão doce,
não o esqueces.
domingo, 3 de abril de 2011
Strange way to go...
domingo, 6 de março de 2011
sábado, 5 de março de 2011
À flor da pele...O QUE SERÁ QUE SERÁ....
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será que será
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho
O que será que será
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Está no dia-a-dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos, será que será
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido
O que será que será
Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o padre eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo"
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Mignon do Wilhelm Meister (Goethe)
Pois que guardar segredo é o meu dever;
Gostava de mostrar-te a alma toda,
Mas o destino não quer.
Vem sempre o instante em que o sol expulsa
A noite escura e a força a abrir-se em dia;
A rocha dura abre o seio - a água brota - ,
Já não recusa à terra as fontes que escondia.
Cada qual busca paz entre braços de amigo,
E neles se pode o peito em queixas libertar;
Uma jura porém me cerra os lábios,
E só um deus é que os pode descerrar."
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Lenga Lenga do Menino do meu coração
Era um menino clarinho, de olhos azuis e esbugalhados.
O Avô levava-lhe o lanche à escola, durante o intervalo e olhava por ele, enquanto o pequeno comia.
O menino cresceu a aprender a tocar piano e a ler Latim, num quarto escuro da casa dos Avós.
Quando cresceu e se tornou um rapaz alto, defendeu a namorada de um bando de rufias.
Nunca mais vi esse menino, mas gostava de saber em que homem se tornou...
Rei, Capitão, Poeta ou Ladrão!