quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Memórias de uma cantora alemã, Wilhelmina Schroeder

" Foi simplesmente por acaso que, ao chegar a Paris, recebi a confirmação do que Sir Ethelred me tinha contado: o vício da violação de cadáveres espalhava-se por todas as camadas da população. Os ricos pervertidos praticavam-no por perversidade, os pobres por necessidade, porque assim podiam satisfazer gratuitamente os seus desejos. Os mortos não traem e ninguém os receia, portanto. Na verdade, para ser franca, sou forçada a confessar que um cadáver belo é menos repelente que um corpo vivo feio. Se se conseguir esquecer o medo provocado pelo contacto gelado e rígido de um corpo morto, compreendo muito bem que se possa sentir nisso prazer."

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