quinta-feira, 26 de julho de 2012

Panchatantra, Conto III, Zloka141

" Aquele que solicite uma mulher e esteja sempre junto dela e lhe faça um pouco a corte, esse é homem de quem as mulheres gostam!"

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Peça de teatro a três para o módulo Escrita Criativa


"Edifício Paraíso"

CENA 1

Todos no elevador: Domingues, Carteiro, Cego, Homem de Negócios, Rafaela e Mãe.

Domingues: - Oh Sr. Carteiro, mas onde raio é que fica a Joalharia?
Carteiro: - É já aqui no 1º andar!
Domingues: Então, dê-me licença que eu vou sair!
(e sai)
Carteiro: - Eu saio no próximo, vou entregar esta encomenda ao Sr. Escritor.
Rafaela: - Mas qual escritor?
Carteiro: - O escritor do 2º andar. Todos lhe chamam assim, mas não sei porquê!
Cego: - Ah! Isso é porque cada obra que escreve tem sempre o 2º andar no título: “O meu primeiro 2º andar”, “O 2º andar a contar de cima” e o mais famoso “O 2º andar da inteligência”.
Carteiro: - Ah, está bem! Adeus!
(sai do elevador)
Mãe: - E o Senhor? (dirige-se ao Homem de Negócios) O que vai fazer ao 4º andar?
Homem de Negócios:- Negócios, pois claro!
Mãe: - E você? Vai a uma consulta? (dirigindo-se ao Cego)
Cego: - Não, já desisti dos médicos. Não me podem ajudar! Vou trocar a minha habilidade de anjo da guarda por uma visão!
(sai o Cego e depois o Homem de Negócios)
Rafaela: - Mãe, já estamos atrasadas para o Cinema!...
(e saem)

CENA 2




Na Joalharia do 1º andar. Domingues entra de rompante e esbaforido!

Domingues: - Preciso de um anel de noivado! Rápido!
Joalheiro: - Leve tudo o que quiser mas não me mate!
(levanta os braços)
Domingues: - Não, não! Isto não é um assalto! Só preciso urgentemente de um anel para a minha namorada!
Joalheiro: - Ah, bom! Que alívio!
(Publicidade Imodium)
Sendo assim, que tipo de anel? Ouro, ouro branco, prata, platina, com diamante, sem diamante, pedras preciosas, semi-preciosas, simples, duplo…?
Domingues: - Oh, amigo! Não me interessa! Um que seja barato e deste tamanho! (mostra um anel que traz no bolso)








CENA 3
Na Livraria do 2º andar, entre o Escritor e o Carteiro.




Carteiro: - Senhor Escritor, está aqui a sua encomenda!
Escritor: - Ah, até que enfim! A minha Musa Inspiradora veio até mim!
Carteiro: - Assine aqui, por favor!
Escritor: - Com todo o prazer!
(Assina o papel, abre o pacote, insufla a Musa e começa a escrever. O Carteiro sai de fininho.)















CENA 4




O Cego entra no consultório da Bruxa.

Cego: - Boa tarde, minha Senhora!
Bruxa: - Ora então, vamos lá pô-lo a ver!
Cego: - Ah! Como é que sabe ao que venho?
Bruxa: - Eu sei tudo!
Cego: - Bom, não importa! Diga-me lá o que podemos fazer.
Bruxa: - Oh, mas isso é bastante fácil! Basta apenas dizer em voz alta a palavra “cego” em aramaico, de trás para a frente, três vezes.Slijep!
Cego: - Muito bem. Pejils, pejils, pejils!

(O Cego recupera a visão)









CENA 5




O Homem de Negócios e o Cego no elevador, a descerem.)

Cego: - Então, o que foi realmente fazer ao 4º andar?
Homem de Negócios: - Negócios, tal como tinha dito!
Cego: - Mas que tipo de negócios?
Homem de Negócios: - Fui comprar mais uns dias e umas horas para juntar ao meu calendário. Porque este, a mim, não me chega!
Cego: - Ai, se eu, ao menos, pudesse vender-lhe alguns dos meus! Que jeito me daria!













CENA 6

No café do cinema, a Mãe e a Rafaela encontram Domingues.
Domingues olha abatido para o anel que comprou na Joalharia.

Rafaela: - Ah, que bonito! Um anel de princesa!
Mãe: - Rafaela, quantas vezes é preciso dizer que não se mexe nas coisas dos outros?
Domingues: - Ora, não tem importância! Já não preciso dele, podes ficar com o anel!
(Rafaela pega no anel e foge.)
Mãe: - Onde é que vais, filha? Oh Senhor, não devia ter feito isso!
(Domingues encolhe os ombros)
Mãe: - Olhe, já vi que está com problemas! O meu nome é Helena Carvalho, sou psicóloga. Se precisar de alguma coisa, ligue-me!




(Entrega-lhe um cartão. A Mãe vai atrás da filha. Ambas saem de cena. Domingues permanece sentado, a olhar para o cartão e depois pega no telefone.)



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sábado, 14 de julho de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O tempo

Houve um tempo em que surgiam palavras em catadupa na minha cabeça, da minha cabeça para o papel, do papel para a boca das pessoas.
Houve um tempo em que passava horas fechada entre quatro paredes recheadas de livros e havia vontade de ler e escrever. Essa era a coisa mais importante no mundo.
Esse tempo sumiu-se como areia  entre os dedos. Hoje finjo que não tenho esse tempo. Esse tempo é, agora, passado a trabalhar e a inventar coisas que são mais importantes que isso.
Não queria perder esse tempo, não queria perder-me.
Preciso de acordar desta dormência. Preciso de Clarice!Preciso de Camille!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Panchatantra, Conto II, zloka 110

"Um cavalo, uma arma, um livro, um alaúde, uma frase, um homem ou uma mulher, são bons ou maus segundo aquele que os emprega."