Deixaste a janela aberta
para eu poder entrar
e adormeceste (porque eu demorei tanto),
ou choras desconsoladamente,
com a cabeça sobre os braços
e nem me ouviste chegar...
O vento que corre lá de fora
apagou a vela da inspiração
em ti
e em mim também,
mas tu não o sabes.
Precisas de mim
e eu já não te posso valer,
apesar disso,
pego na pena,
afincadamente
e tento arrancar de mim
os derradeiros suspiros,
porque não posso deixar morrer
o último Poeta.
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