sábado, 21 de junho de 2008

UM, DOIS, TRÊS

Há um bom tempo comprei umas botas. Foi amor à primeira vista, assim que as experimentei, gostei de me ver com elas. Calcei-as e nunca mais as larguei, fizesse calor ou não.
Mas, um dia, apercebi-me que tinha uma pedra na bota esquerda. Não sei quanto tempo lá andou até eu dar por ela, nem sei quanto tempo mais andou depois de eu a descobrir.É que, para tirar a pedra, tinha de descalçar a bota, e eu não fazia isso nem para dormir.
No entanto, chegou o dia em que tive que a descalçar, pois o pé já sangrava e a dor, que começara pequenina, latejava impiedosamente.
O meu maior desgosto foi quando, depois de ter deitado fora a pedra, a bota nunca mais me serviu...

3 comentários:

Post-It disse...

Deve ser por isso que tanto receamos descalçar a bota, mesmo que doa!(A dor tem que servir para alguma coisa, parece-me...). Mas se não volta a entrar, é porque não era bota para o nosso pé.

Ninguém disse...

Ah ah ah!
Se há coisa que odeio é "pedra no sapato". E quando me incomoda...descalço logo a bota.

Mas verdade verdadinha, é que ainda não encontrei bota à medida.

É como a historia da fritadeira...sem tampa. ;)

Dona do Gato disse...

As botas com pedras são como as paredes... com bons tijolos e maus ijolos... se lhe tiramos os maus, os bons não seguram a parede em pé...