quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
sábado, 27 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
A Queda dum Anjo, Camilo Castelo Branco
“ Prevejo os cruéis desgostos que te vai aí dar, além das vergonhas.
Disse-lhe que não fosse, sem se vestir ao estilo das senhoras de Lisboa. Não
quer. Aparece-te aí goticamente vestida, com o fatal vestido do casamento, e o
fatal chapéu, que é um monstro de palha. Há dois anos te dizia eu que vestisses
tua mulher senhorilmente. Respondias-me que os melhores enfeites de uma virtuosa são as virtudes. Agora,
atura-a. Se ela aí for vestida de virtudes, dize lá a essa gente que se não ria
dela.”
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Aniversário, Álvaro de Campos Álvaro de Campos
"No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!..."
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!..."
terça-feira, 16 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Shaskepeare e Dionisos, Camille Paglia
"As furiosas falas de Cleópatra parecem mais chocantes para um ouvido anglo-saxónico do que para um mediterrâneo. O discurso veemente e desabrido é comum entre os povos do Sul, devido à persistência da agricultura e de uma intensidade pagã. Quem vive da terra, ou na proximidade da terra, reconhece a terrível amoralidade da natureza. As sádicas imagens de Cleópatra são normais para um italiano. Os meus parentes italianos imigrados diziam coisas como " Que te matem" ou "Hás-de ser comido por um gato". Segundo o meu pai ,expressões ítalo-americanas comuns foram adoptadas a partir da forma che te possono (que te façam isto ou aquilo). Por exemplo " Que te arranquem os olhos", " Que arrastes a língua pelo chão", "Que te apertem os tomates", " Que te cosam o cu". A similaridade com o estilo retórico de Cleópatra é evidente. A tortura e o homicídio estão sempre próximas da imaginação mediterrânica."
terça-feira, 26 de agosto de 2014
sábado, 23 de agosto de 2014
Shakespeare e Dionisos - Como lhe aprouver e António e Cleópatra in Personas Sexuais, Camille Paglia
" Noutro lugar da sua obra Shakespeare amplia o seu modelo de volatilidade andrógina para incluir nele um certo tipo de homem, ou homens colocados em situações especiais: "O lunático, o amante e o poeta/ são compostos, todos eles, de fantasia." (Sonho de uma noite de verão). Amar " é ser feito, por inteiro, de imaginação". Os verdadeiros amantes são "mutáveis e incertos nos seus movimentos" excepto no que respeita à imagem do ser amado. O amante devia vestir-se com "um gibão de tafetá furta-cores", pois a sua mente é "verdadeiramente opalina". O amor desmaterializa a masculinidade. As coisas brilham, ondulam, liquefazem-se. Na sua fluidez dionisíaca, a arte e o amor dissolvem a forma e os costumes sociais."
quinta-feira, 31 de julho de 2014
"O nascimento do olhar ocidental" in Personas Sexuais, Arte e Decadencia de Nefertiti a Emily Dickinson; Camille Paglia
"Um dos aspectos mais incompreendidos da vida egípcia é a sua veneração pelos gatos, cujos corpos mumificados foram encontrados aos milhares. A minha teoria é a de que o gato foi o modelo para a ímpar síntese de princípios levada a cabo pelos egípcios. O gato moderno, o último animal a ser domesticado pelo homem, descende de um gato selvagem do Norte da África, Felis Lybica. Os gatos são vagabundos e misteriosas criaturas da noite. Crueldade e jogo são para eles a mesma coisa. Eles vivem do e para o medo, quando brincam gostam de se fingir assustados ou de assustar as pessoas com súbitas investidas e emboscadas. Os gatos habitam no oculto, isto é, no esconso. Na Idade Média, eram perseguidos e mortos por serem associados as bruxas. Injusto? Mas o gato realmente está ligado à natureza ctónica, inimiga mortal do cristianismo. O gato negro do Haloween é a vagarosa sombra da noite arcaica. Capazes de dormir até vinte horas por dia, os gatos reconstroem e habitam o primitivo mundo das trevas. O gato é telepático – ou pelo menos acha que é. Há muita gente que se inquieta com o seu olhar frio. Comparados com os cães, servilmente desejosos de agradar, os gatos são autocratas e puramente egoístas. São ao mesmo tempo amorais e imorais, quebram conscientemente as regras . O seu olhar <> não é uma projecção humana: é possível que o gato seja o único animal que sugere perversidade ou que nela se reflecte.
O gato é pois um iniciado nos mistérios ctónicos. Mas há nele uma dualidade hierática. Possui um olhar intenso. No gato fundem-se o olhar devorador da Górgona e o olhar distante da contemplação apolínea. É um animal que aprecia a invisibilidade, imaginando-se comicamente indetectável enquanto avança agachado sobre um jardim. Mas também adora ver e e ser visto; é um espectador do drama da vida, divertido e condescendente. É um narcisista, sempre a cuidar da aparência. Quando tem o pelo desgrenhado,o gato mostra-se abatido. Os gatos têm um sentido da composição pictórica: sentam-se de forma simétrica nas cadeiras, tapetes, mesmo num pedaço de papel caído no chão. Seguem uma métrica apolínea do espaço matemático. Altivos, solitários, precisos, eles são árbitros da elegância – um princípio que considero originário do Egipto.
Os gatos gostam de posar. Possuem um sentido da persona – e ficam visivelmente embaraçados quando a realidade belisca a sua dignidade. Os macacos são mais humanos, mas menos bonitos; tem posturas, mas nunca posam. Sentados, de cócoras, palrando, batendo no peito, de rabo descoberto, os macacos são novos-ricos presunçosos que avançam tropegamente pela estrada da evolução. As sofisticadas personas dos gatos são máscaras de uma teatralidade evoluída. Sacerdote e deus do seu próprio culto, o gato segue um código de pureza ritual, lavando-se religiosamente. Realiza sacrifícios pagãos a si mesmo e é capaz de partilhar as suas cerimónias com os eleitos. É frequente o dia do dono de um gato começar com a visão, à porta de casa, de um metódico montinho de tripas ou membros mastigados de ratos – mementos darwinianos. De todos os habitantes de uma casa o gato é o menos cristão.
Os gatos têm pensamentos secretos, uma consciência dividida. Nenhum outro animal é capaz dessa ambivalência, dessas ambíguas correntes de sentimentos cruzados, como quando um gato ronrona ao mesmo tempo que crava os dentes, em sinal de aviso, no nosso braço. Quando um gato está preguiçosamente recostado, o seu drama interior é telegrafado através das suas orelhas, que se movem continuamente a fim de detectar qualquer ruído distante enquanto os seus olhos se fixam nos nossos, em fingida adoração, mas tambéms, através da cauda, que se agita ameaçadoramente mesmo quando o animal está a dormitar. Por vezes, o gato finge não ter qualquer relação com a sua própria cauda, atacando-a de uma forma esquizofrénica. A sua cauda nervosa e chicoteante é o barómetro ctónico do mundo apolíneo do gato. É a serpente no jardim, que golpeia e devora com premeditada malícia. A ambivalente dualidade do gato é é representada pelo seu humor volúvel, pelas abruptas transições do torpor ao frenesim, com os quais ele refreia a nossa presunção: “Não te aproximes. Eu sou incognoscível”.
terça-feira, 24 de junho de 2014
«Quem muito viu...» Jorge de Sena
"Quem muito viu, sofreu, passou trabalhos,
mágoas, humilhações, tristes surpresas;
e foi traído, e foi roubado, e foi
privado em extremo da justiça justa;
e andou terras e gentes, conheceu
os mundos e submundos; e viveu
dentro de si o amor de ter criado;
quem tudo leu e amou, quem tudo foi -
não sabe nada, nem triunfar lhe cabe
em sorte como a todos os que vivem.
Apenas não viver lhe dava tudo.
Inquieto e franco, altivo e carinhoso,
será sempre sem pátria. E a própria morte,
quando o buscar, há-de encontrá-lo morto."
mágoas, humilhações, tristes surpresas;
e foi traído, e foi roubado, e foi
privado em extremo da justiça justa;
e andou terras e gentes, conheceu
os mundos e submundos; e viveu
dentro de si o amor de ter criado;
quem tudo leu e amou, quem tudo foi -
não sabe nada, nem triunfar lhe cabe
em sorte como a todos os que vivem.
Apenas não viver lhe dava tudo.
Inquieto e franco, altivo e carinhoso,
será sempre sem pátria. E a própria morte,
quando o buscar, há-de encontrá-lo morto."
segunda-feira, 23 de junho de 2014
De uma poesia, Jorge de Sena
"De uma poesia esperam
tanta cousa!
E logo desesperam
senão ousa.
Mas a poesia nada tem com isso.
Ela não diz nem faz,
nem está sequer ao teu, ao meu serviço.
Serão visões de paz,
aquilo que ela traz:
mas quanta guerra para falar nisso!
Uma só coisa ela será, se for
(e espera ou desespera
conforme o meu, o teu, o nosso amor):
Inverno ou Primavera,
e sempre uma outra dor."
tanta cousa!
E logo desesperam
senão ousa.
Mas a poesia nada tem com isso.
Ela não diz nem faz,
nem está sequer ao teu, ao meu serviço.
Serão visões de paz,
aquilo que ela traz:
mas quanta guerra para falar nisso!
Uma só coisa ela será, se for
(e espera ou desespera
conforme o meu, o teu, o nosso amor):
Inverno ou Primavera,
e sempre uma outra dor."
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Poema Roubado
As mãos dadas, Jorge de Sena
"Um dia me falaste,
e as árvores morriam galho a galho seco.
Havia flores, recordo.
Havia ruas, ai também recordo.
E escadas
vazias.
Não me falaste, não. Fui eu quem perguntou,
beijando-te tremente, quantos anos tinhas,
e o teu nome.
Não tinhas nomes; ou tinhas, mas não teu.
E a tua idade, as tuas mãos nas minhas."
"Um dia me falaste,
e as árvores morriam galho a galho seco.
Havia flores, recordo.
Havia ruas, ai também recordo.
E escadas
vazias.
Não me falaste, não. Fui eu quem perguntou,
beijando-te tremente, quantos anos tinhas,
e o teu nome.
Não tinhas nomes; ou tinhas, mas não teu.
E a tua idade, as tuas mãos nas minhas."
quarta-feira, 16 de abril de 2014
O rapaz perdido, THOMAS WOLFE
"Sabemos agora que não passamos de um átomo sem nome, perdido no vazio, um enigma breve, poeirento e sem eira nem beira, rodopiando num tempo inumerável, e que todos os sonhos, a força, a paixão, a crença da juventude se desmoronam.
E nada mais se sente do que a ausência, ausência e a desolação da América, a solidão e a tristeza dos céus altos e quentes, e do entardecer caindo sobre o Ocidente Médio, atravessando as terras sufocantes, submersas pelo calor, todas as pequenas vilas, as quintas, os campos, o forno sufocante de Ohio, do Kansas, do Iowa e do Indiana, ao fim do dia, e as vozes, casuais na canícula da tarde, vozes nas pequenas estações, calmas, casuais, de algum modo esmorecendo, naquele imenso vazio e exaustão do calor, do espaço e dos imensos entristecidos e altíssimos e horríveis céus.
(...)
Sentimo-nos como alguém se sente quando regressa sabendo que não deveria ter regressado (...)"
sexta-feira, 7 de março de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Poema Roubado
"Arte de gritar", de A. M. Pires Cabral
Quisera dizer coisas
que ninguém tivesse dito antes de mim.
Deixar uma pegada sobre a areia intacta,
não sobre outras pegadas que já houvesse lá.
Mas cheguei tarde; os que me precederam
no exercício desta dura arte de gritar
amavam a minúcia, a completude,
nunca deixavam uma tarefa a meio.
Disseram tudo. Deixaram só migalhas susceptíveis
de glosas rasteiras, para eu me entreter
como uma criança pobre brinca com destroços
de brinquedos recuperados do lixo.
E eu digo essas migalhas como quem
escreve a terra em laudas rasuradas.
E escrevê-las-ei mesmo quando
não tenha língua já para as dizer.
(Os poetas entendem-me estes mansos
trocadilhos. Os outros, não importa.)
que ninguém tivesse dito antes de mim.
Deixar uma pegada sobre a areia intacta,
não sobre outras pegadas que já houvesse lá.
Mas cheguei tarde; os que me precederam
no exercício desta dura arte de gritar
amavam a minúcia, a completude,
nunca deixavam uma tarefa a meio.
Disseram tudo. Deixaram só migalhas susceptíveis
de glosas rasteiras, para eu me entreter
como uma criança pobre brinca com destroços
de brinquedos recuperados do lixo.
E eu digo essas migalhas como quem
escreve a terra em laudas rasuradas.
E escrevê-las-ei mesmo quando
não tenha língua já para as dizer.
(Os poetas entendem-me estes mansos
trocadilhos. Os outros, não importa.)
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Summertime Sadness...
Já foram duas as pessoas que me disseram que caminhamos sozinhos no mundo, nascemos e morremos sozinhos. Disseram-no sentindo cada palavra, de verdade e não como se lessem essa frase de um livro.Duas pessoas bem entendidas na vida e na morte. Eu acredito nelas, também acho que sou entendida nas coisas da vida, ou simplesmente porque é isso que sinto. São inúmeras as pessoas que conhecemos e desconhecemos ao longo da vida, inúmeros os lugares que "casam" bem connosco e, logo a seguir, "descasam" com a mesma rapidez, inúmeros os gostos e desgostos, as ideias e as realizações, as decisões! Por muito que tenhamos a companhia de alguém, o conselho, o apoio, a decisão final é sempre nossa, os actos, a culpa, os remorsos ou a vitória serão sempre saboreados, primeiramente, na primeira pessoa. Ninguém sente a minha dor como eu, ninguém fica mais feliz com a minha felicidade do que eu! Muitas vezes temos que ser felizes à custa da infelicidade dos outros e vice versa.Sinto essa tristeza desde sempre, sinto essa solidão de ser sozinha entre as gentes, a tristeza de sentir que não há ninguém que me conheça genuinamente. Mas sabe bem pensar que vou ter alguém do meu lado na minha morte. (V.)
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
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