" Noutro lugar da sua obra Shakespeare amplia o seu modelo de volatilidade andrógina para incluir nele um certo tipo de homem, ou homens colocados em situações especiais: "O lunático, o amante e o poeta/ são compostos, todos eles, de fantasia." (Sonho de uma noite de verão). Amar " é ser feito, por inteiro, de imaginação". Os verdadeiros amantes são "mutáveis e incertos nos seus movimentos" excepto no que respeita à imagem do ser amado. O amante devia vestir-se com "um gibão de tafetá furta-cores", pois a sua mente é "verdadeiramente opalina". O amor desmaterializa a masculinidade. As coisas brilham, ondulam, liquefazem-se. Na sua fluidez dionisíaca, a arte e o amor dissolvem a forma e os costumes sociais."
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