Guerra dos sexos:
As mais fervorosas preladas do bem estar social, as faces vincadas em ostensiva paixão cristã, instruem-nos que as mulheres que apanharam durante anos dos seus amantes ou maridos se tornam prisioneiras de guerra letárgicas, reféns de cérebro lavado sem vontade própria, que devem ser desculpadas por algum acto atroz que tenham cometido, em vez de algo tão simples como fazer a mala e partir. (…)
Um estudo sobre a admissão, em 1999, de mulheres espancadas de classe média na emergência de um hospital de S. Francisco revelou que 70% delas não eram, de facto, financeiramente dependentes dos seus agressores. (…)
Perdoar os homens pelos seus excessos infantis pode ser um princípio de feminilidade.
Camile Paglia
3 comentários:
Ora aqui está um tema de cognição quente...Pode ter algo de genérico, mas não é argumento suficiente (e/ou isolado) para explicar um fenómeno tão complexo como a violência doméstica.
Também não me dou bem com vitimizações, mas mesmo essas pragmáticas/interacções complementares disfuncionais, no interior desses casais, servem propósitos individuais que ajustados, se provocam e perpetuam mutuamente.
A unica coisa que podemos afirmar com certeza é que há estilos relacionais individuais que encaixando-se, tornam-se patologias potenciais. O que está por detrás disso é que tem de ser analisado, desencorajado e mudado.
Sim!Eu gosto de postar Camile Paglia, dá sempre que pensar e bastante pano para mangas!
Atenção que não pretendo ferir susceptibilidades,e nem sempre concordo com o que "posto", muitas vezes serve apenas para pôr a minha e as vossas cabeças a pensar!Gosto de discutir ideias, e esta autora tem muitas!
Eu sei!! (e que saudades das tardadas na Minerva)
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