segunda-feira, 8 de setembro de 2008

À beira-mar

Na praia onde moro
Nascem guarda-sóis na areia;
São, na sua maioria, amarelos,
E assemelham-se a um campo de girassóis,
Ma o meu olhar não é nítido como o de Alberto,
Porque não vejo o mar.

Na praia onde moro
A maré é tão alta
Que me rouba a figura desenhada
Na areia molhada,
Leva-me a vontade…

Na praia onde moro
Os velhos vivem nos bancos de madeira
E jogam às cartas, um jogo interminável.

Na praia onde moro
Não há “o acontecimento em cada esquina”
Da minha cidade,
Não há lugar para mim.

Na praia onde moro
Morro um bocadinho
À beira do mar,
Como se fosse um peixe
Fora de água.

2 comentários:

luminary disse...

Na praia onde moro, morremos todos um suspiro de cada vez, porque faltas tu.

Post-It disse...

Ganha uns trocos para nos fazeres uma visita e pensa que esse estado de espirito, também, se deve ao facto de estares desocupada. Já falta pouco para meteres as mãos à obra...
De todo o modo,´não é uma situação irreversivel, por isso... ;)

Até já!